Decisão tomada sobre a Venezuela?
Maior jornal da Flórida e com grande penetração na comunidade hispânica, o Miami Herald informou na sexta-feira que o presidente Donald Trump teria tomado a decisão de atacar a Venezuela. Os bombardeios poderiam ocorrer, ainda conforme a publicação, a qualquer momento.
Os alvos do ataque seriam instalações militares supostamente utilizadas pelo cartel de Soles. O planejamento de uma ação armada também foi citado pelo The Wall Street Journal, de Nova York. Segundo a Casa Branca, Nicolás Maduro e membros importantes de seu regime comandariam o cartel, o que não é confirmado.
Fontes disseram ao Herald que os alvos - que podem ser atingidos por via aérea em questão de dias ou até mesmo horas - também visam desmantelar a hierarquia do cartel. Autoridades americanas acreditam que o grupo exporta cerca de 500 toneladas de cocaína por ano, divididas entre Europa e Estados Unidos. Embora as fontes tenham se recusado a dizer se o próprio Maduro é um alvo, uma delas afirmou que seu tempo está se esgotando.
Maduro está prestes a se ver encurralado e poderá descobrir em breve que não pode fugir do país, mesmo que quisesse, afirmou a fonte. Haveria mais de um general disposto a capturá-lo e entregá-lo, plenamente conscientes de que uma coisa é falar sobre a morte, e outra é vê-la chegar.
Há vários dias, os Estados Unidos têm acumulado capacidades militares no Caribe, inclusive com o deslocamento do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford, para a região. Também um destróier, USS Gravely, deixou Trinidad e Tobago, a pouco mais de 10 quilômetros do litoral venezuelano, nas últimas horas. Não se sabe sua localização. Os Estados Unidos realizaram 15 ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico como parte de suas operações antidrogas, com um balanço de pelo menos 62 mortes, sem apresentar provas sobre o vínculo dessas pessoas com o narcotráfico. Voos de aeronaves militares americanas têm sido recorrentes perto da costa do país.
Após a repercussão, questionado por repórteres se consideraria fazer incursões na Venezuela, Trump respondeu apenas: "Não".
Halloween na Casa Branca
Seguindo a tradição, a Casa Branca celebrou o Halloween na quinta-feira. Donald Trump e a primeira-dama Melania receberam dezenas de crianças na residência, decorada em tons de preto e laranja, com várias abóboras como decoração.
O início da comemoração contou com uma atuação de música clássica com cerca de 10 músicos nas escadarias presidenciais. Entre as atrações, chamou atenção um drive-thru da rede McDonald?s utilizado para a entrega de guloseimas às crianças. Algumas delas estavam fantasiadas como o casal presidencial.
Entrevista - Ranolfo Vieira Júnior - Presidente do BRDE
"Somos um banco da sustentabilidade"
Em entrevista à coluna, o ex-governador Ranolfo Vieira Júnior fez um balanço dos 16 meses à frente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Ele deixou a presidência na sexta-feira, passando o cargo rotativo ao representante do Paraná.
Que balanço o senhor faz da sua gestão?
O banco tem a maturidade de quem vai completar, em 2026, 65 anos. É também um banco enxuto: temos 500 colaboradores nos três Estados do Sul. Temos escritório em Campo Grande (MS), no Rio de Janeiro, pela proximidade com o BNDES, e em Brasília, onde abrimos este ano. É um banco que vem trazendo resultados positivos do ponto de vista econômico e financeiro. No ano passado, atingimos, pela primeira vez, quase R$ 6 bilhões em negócios. Foram 14,5 mil contratos. Além disso, este é um banco verde, da sustentabilidade.
De todos os negócios que fizemos em 2024, 82% estavam ligados ao menos a um dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). Cinco anos atrás, nosso patrimônio líquido estava em R$ 3,4 bilhões, estamos fechando em R$ 5,4 bilhões. Desde a semana passada, estamos na Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Lá, são 27 comitês técnicos de estudo: reforma tributária, segurança cibernética, IA. É importante estar entre os grandes e com um pensamento voltado a essas questões.
Como foi após a maior enchente da história do RS?
O momento mais difícil foi enxergar a área produtiva do Estado ser severamente atingida. Nossa primeira preocupação foi de renegociar contratos. Imagina um cliente que foi severamente atingido pela catástrofe do seu negócio, e, no dia seguinte, bate à sua porta um boleto do BRDE cobrando uma conta. Buscamos uma forma de prorrogar esses vencimentos. Também criamos um programa denominado
Em frente RS, que alavancou em torno de R$ 300 milhões, com juros fixos de 10% ao ano, com cinco anos para pagamento, primeiro ano de absoluta carência. Demos prioridade a alguns segmentos: as concessionárias do Mercado Público de Porto Alegre, da Ceasa, comerciantes do Quarto Distrito, bares e restaurantes, concessionárias da Estação Rodoviária. Foi uma forma de auxiliar o pequeno e o médio comerciante.
Como está a situação mais de um ano depois?
Os clientes voltaram a pagar. Ou seja, é um sinal de que a economia está se recuperando, apesar de toda dificuldade. Embora a gente tenha passado por isso, embora estejamos em um momento atípico, com taxa Selic de 15% ao ano, a nossa inadimplência é de 0,8%. Baixíssima. É um sinal de que nossas equipes são muito técnicas na avaliação de crédito.
Como foi mudar da segurança pública para um banco?
Foi desafiador, embora eu tenha de reconhecer: no momento em que tu chegas ao governo do Estado, ele te abre um leque que faz com que estejas, teoricamente, apto a comandar qualquer coisa. O gestor, o prefeito, o governador, são grandes generalistas. Eles têm de saber um pouco de cada coisa. Mas temos a equipe técnica, que auxilia na segurança, na educação, na Fazenda. Esse raciocínio serve para dirigir um banco e qualquer grande empresa. Você tem de estar bem assessorado, ter o equilíbrio e experiência, que vai tranquilo.
Vocês estão trabalhando na estruturação de parcerias entre entes públicos e concessionárias. Como está sendo este trabalho?
Essa é uma nova vertente. Nenhum Estado, e muito menos os municípios, tem capacidade técnica de fazer essa modelagem. Então o BRDE os auxilia. Por exemplo: fizemos a PPP de iluminação pública, em Santa Maria e em Sapiranga. Assinamos, há duas semanas, com a prefeitura de Santa Maria para fazer a modelagem da PPP de infraestrutura escolar. Dá uma garantia para o gestor.
Quais são seus planos agora?
Retorno ao cargo de diretor de operações. Sobre o futuro, tenho uma série de convites, depende muito da conversa que devo ter com o governador Eduardo Leite, e o futuro a Deus pertence.