
BC aperta a segurança após três ataques que envolvem Pix
Depois de três ataques envolvendo o Pix e o sistema financeiro nacional, o Banco Central (BC) anunciou na sexta-feira novas regras para evitar problemas desse tipo. Conforme o presidente do BC, Gabriel Galípolo, são medidas para dar mais segurança a todo o sistema, assim como para os clientes. E afirmou que é a forma de enfrentar a migração do crime organizado de furto de carteira e assalto a agências bancárias para roubo de senha e invasão de sistemas de tecnologia.
- Como houve associação de fintechs e da Faria Lima, é preciso dizer que ambas são vítimas do crime organizado. Tanto os bancos incumbentes (tradicionais) quanto os novos são responsáveis por uma inclusão fantástica (da população) ao sistema financeiro - afirmou Galípolo.
O aperto das normas do BC envolve, principalmente, limite de operações com TED e Pix a R$ 15 mil em instituições de pagamento não autorizadas e as que se conectam ao Sistema Financeiro Nacional via Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI). Conforme Galípolo, está prevista revisão contínua das regras, na medida do avanço das tentativas de ataque.
O maior dos ataques foi em julho, à C&M Software, com estimativa de desvio de até R$ 1 bilhão. Em agosto, houve outro com foco na Sinqia, avaliado em R$ 420 milhões, e o mais recente ocorreu no banco digital gaúcho Monbank, envolvendo R$ 4,9 milhões.
Conforme o BC, as novas medidas não envolvem apenas supervisão posterior, também serão preventivas: as operações acima de R$ 15 mil não autorizadas, por exemplo, serão automaticamente travadas por sistemas de segurança.
Instituições de pagamento não autorizadas?
Para dar espaço à inovação que permitiu o surgimento de fintechs (financeiras que atuam com uso de tecnologia), o BC permitiu a existência de vários tipos de empresas para dar mais competitividade e inclusão ao mercado. O prazo para a regularização completa dessas empresas, que se encerraria em 2029, foi antecipado para maio de 2026, e não poderão se credenciar novas nesse modelo. As que já estiverem prestando serviços e tenham pedido de autorização indeferido terão de encerrar atividades em até 30 dias. A vigência da medida é imediata. _
A bolsa subiu mais de 1% e fechou acima dos 142 mil pontos pela primeira vez na história, quebrando novo recorde na sexta-feira. O dólar caiu 0,64%, para R$ 5,414. Tudo porque os EUA geraram menos empregos do que o previsto e devem ter corte no juro.
Exportando para os EUA mesmo com tarifa de 50%
Na contramão da maioria, uma multinacional com unidade no RS segue exportando normalmente para os EUA mesmo com tarifa de 50%. Trata-se da Stihl, indústria de máquinas de origem alemã que produz cilindros em sua fábrica de São Leopoldo que vão para 162 países, separados ou dentro de equipamentos. Essas peças essenciais para o funcionamento de máquinas e equipamentos são os únicos itens exportados diretamente aos EUA da unidade gaúcha.
- Embora seja uma peça importante, a alma do equipamento, no custo do produto final, lá nos EUA, tem impacto de 3% no preço final - diz Claudio Guenther, presidente da Stihl Brasil.
Além do baixo impacto no custo final dos equipamentos que vai compor, os cilindros da Stihl tiveram outra ajuda na continuidade dos embarques. A unidade do Brasil não exporta de forma direta a pontos de venda americanos, mas para a Stihl Inc., outro negócio na multinacional nos EUA. _
Crédito de R$ 30 bi a partir do dia 15
Depois da publicação da medida provisória que autoriza abertura de crédito extraordinário de R$ 30 bilhões no Diário Oficial da União de terça-feira, aprovações de financiamento devem começar a ocorrer até o dia 15, dentro de pouco mais de uma semana.
Os empréstimos são para exportadores em dificuldades com o tarifaço sobre o Brasil. A prioridade será para as que tenham no mínimo 5% das vendas ao Exterior impactadas pela alíquota de 50% no período de julho de 2024 a junho de 2025.
As taxas de juro já foram definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e vão de 1% a 5% ao ano, variando conforme o tipo de operação e do porte da empresa. O custo máximo é equivalente a um terço da Selic e pouco acima do juro básico americano (4,25%).
Como de hábito, é exigida situação regular na Receita Federal e na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Não poderá se candidatar empresa em recuperação judicial ou extrajudicial, falência ou liquidação, a menos que exista plano de recuperação aprovado judicialmente. _
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