
Duplicação do HPS depende dos parlamentares
Está nas mãos dos deputados e senadores gaúchos garantir os recursos para viabilizar a obra de ampliação do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, que prevê mais do que dobrar o número atual de leitos. O projeto foi incluído na lista de 11 rubricas habilitadas a receber emendas da bancada gaúcha, decididas após votação do grupo na noite de terça-feira.
Este formato representa uma alteração no método de destinação das emendas. Até então, o grupo já deixava a reunião com a definição de quanto iria para cada projeto e, adicionalmente, os deputados indicavam as emendas individuais a que cada um tem direito.
Agora, uma votação feita entre os parlamentares definiu as prioridades, a partir de mais de cem pautas pleiteadas à bancada. Cada parlamentar poderá dividir a sua parte e distribuí-la entre qualquer uma das 11 rubricas. Para o orçamento de 2026, a bancada do Rio Grande do Sul terá direito a um total de R$ 415,76 milhões - pouco mais de R$ 12 milhões para cada um dos 31 deputados e três senadores.
Desta forma, a ampliação do HPS pode tanto receber o valor total solicitado de R$ 140 milhões, como não receber nada. Há uma expectativa de que os membros da bancada informem, até amanhã, quanto irão destinar em cada uma das rubricas.
O projeto para o hospital, referência em trauma e queimaduras para todo o Estado, prevê a construção de um novo anexo com 11 mil metros quadrados e pelo menos oito andares, ampliando em 110 o número de leitos disponíveis - hoje são 95. Também já há uma área pronta para receber o novo prédio, na Rua José Bonifácio, adquirida no governo de José Fortunati.
Com a ampliação, o HPS terá uma ala específica para exames de imagem - incluindo a primeira ressonância magnética do hospital -, salas cirúrgicas e unidades de internação, aliviando a superlotação crônica. A ideia é que a obra comece em 2026.
Em busca de apoio, o diretor de Relações Institucionais da Saúde, Paulo Guimarães, percorreu gabinetes no final de outubro, junto da diretora-geral do HPS, Tatiana Breyer. O prefeito Sebastião Melo reuniu-se recentemente com parlamentares para pedir apoio. _
Os deputados Adão Pretto (PT) e Luciana Genro (PSOL) foram ameaçados de morte ontem. Um e-mail com discursos de ódio e intimidações foi encaminhado para os dois. Eles notificaram a Assembleia e registraram ocorrência.
Criatec devolve vida à Escola Maria Thereza da Silveira
Sobrevivente de uma série de investidas do mercado imobiliário, por seu terreno altamente valorizado, a antiga Escola Estadual Maria Thereza da Silveira voltará a ter vida. Primeiro, com cursos rápidos e apresentações culturais. Depois, em 2027, como Escola Técnica em Audiovisual e Economia Criativa, doravante chamada de Criatec.
Na apresentação do projeto, ao lado do secretário da Cultura, Eduardo Loureiro, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, destacou os fundamentos que embasaram a decisão do governo Eduardo Leite de preservar a Maria Thereza como escola, em vez de vender o terreno para uma construtora, como se pretendia no passado.
O planejamento anunciado pela secretária, na presença de representantes de diferentes áreas, garante que não se voltará a falar em venda do terreno para uma construtora? Não. O futuro do Criatec vai depender de mobilização da sociedade e da visão de quem se eleger governador em 2026.
Raquel destacou a necessidade de preparar profissionais para ocuparem as vagas geradas pela economia criativa.
Serão inicialmente três cursos técnicos de um ano e meio cada um para jovens interessados em trabalhar com áudio, vídeo e produção cultural.
- A economia criativa é um dos vetores mais dinâmicos do desenvolvimento socioeconômico contemporâneo, sendo responsável por mais de R$ 8,3 bilhões do PIB do RS em 2020 - destacou a secretária.
Em Porto Alegre, 24,7% dos postos de trabalho gerados em 2022 (os dados atuais não estão disponíveis) estão vinculados à economia criativa. No total, foram 125.631 vagas no setor. _
Fetag teme que feira deixe o Largo Glênio Peres
Cassação revertida
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) reverteu a decisão que havia cassado os diplomas do prefeito de Rio Pardo, Rogério Monteiro (MDB), e do vice, Alceu Seehaber (PSDB).
A chapa havia sido cassada em janeiro, após o Ministério Público acusar que Monteiro, enquanto candidato a reeleição, "efetivou rescisões contratuais como forma de punição" de servidores que não o apoiaram na campanha.
Os desembargadores, no entanto, entenderam que a irregularidade não ficou comprovada. _
O TRE também decidiu, por unanimidade, manter a sentença de primeira instância que absolveu o prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida (PSD), em uma ação ajuizada pela coligação PDT/PT, que pedia a cassação do mandato por abuso de poder político.
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