
28 de Junho de 2025
INFORME ESPECIAL
Vivemos em um mundo mais perigoso
Reunidos em Haia, na Holanda, até quarta-feira passada, os líderes da aliança militar ocidental estabeleceram como meta: cada país deve chegar a investir 5% de seu respectivo Produto Interno Bruto (PIB) em defesa até 2035.
É ambicioso e histórico. O objetivo até agora era 2%, um patamar atingido, no ano passado, por 22 dos 38 países-membros. É evidente que essa elevação se deve à ameaça representada por Vladimir Putin. A invasão da Ucrânia, em 2022, desequilibrou a balança de poder e trouxe de volta "o medo" nunca superado dos russos.
O massacre perpetrado pelo grupo terrorista Hamas contra Israel, em 2023, e as subsequentes guerras contra o Hezbollah e, agora, o Irã, elevaram as preocupações com segurança.
Cedo ou tarde, o Irã vai retomar seu programa nuclear. Mais países detêm a bomba atômica do que em 1945 (além dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Índia, Paquistão e Israel dispõem desse arsenal).
A Coreia do Norte, possivelmente, teria capacidade para produzir 90 ogivas. Enquanto 5% do PIB é depositado em armas no Hemisfério Norte, o quanto cada país reserva para conter o aquecimento global, investe em energias renováveis, contribui para reduzir a fome e melhorar o bem-estar das populações? Sobra de um lado, falta de outro. _
Nenhum comentário:
Postar um comentário